sexta-feira, 23 de abril de 2010

Banco da República Oriental do Uruguai

Esta é a proposta ganhadora do Concurso para a ampliação do Banco da República Oriental do Uruguai, do qual participaram 67 equipes. O edifício da ampliação abrigará atividades administrativas, totalizando cerca de 30.000 m2.


A proposta ganhadora é de autoria dos arquitetos Alejandro Baptista Vedia, Alejandro Baptista Acerenza, Horacio Flora.
O projeto foi apresentado em quatro pranchas no formato horizontal no tamanho A0.
Na primeira prancha traz uma composição formada pela implantação, tratada com variações de cinza com o sombreamento, usado para dar a sensação de profundidade ao desenho. Há também algumas perspectivas que reforçam a noção de profundidade, acrescentando informações do entorno.



A segunda prancha encontramos a maquete física e algumas perspectivas.



Na terceira prancha são apresentadas as plantas de todos os pavimentos alinhados verticalmente em duas colunas facilitando a leitura dos projetos, dando uma conexão visual com todos os. Em cada desenho foi colocada a escala gráfica facilitando a leitura dos mesmos. No canto esquerdo foi colocado um pequeno texto acompanhado de dois desenhos diagramáticos.

No quarto e ultimo painel encontramos os cortes, as fachadas e a maquete física do edifício.



Fazendo uma síntese da leitura de todos os painéis podemos ressaltar as
relações espaciais que se repetem em todos os painéis, reforçando os alinhamentos dos desenhos e facilitando a leitura do projeto.
Vemos também uma linguagem eficaz que se utiliza somente do imprescindível para comunicar a idéia, além da continuidade gráfica, relacionando cada elemento com os demais dando consistência à apresentação.

Até a próxima.

Juliana.

Veja aqui esta e outras propostas apresentadas no concurso.
Fonte das imagens: concursosdeprojeto.org/201002/19

domingo, 11 de abril de 2010

Musée national des beaux-arts du Québec


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O tema "concurso" é de grande valia para nossa disciplina quando reúne diferentes propostas para um mesmo tema, cada uma com abordagens diferentes tanto no aspecto da arquitetura quanto na apresentação dos projetos, servindo como laboratório para experimentação dos escritórios mais ativos e deixando amplo meterial para pesquisa e aprendizado.

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Trazemos então as pranchas de apresentação dos projetos finalistas do concurso para a expansão do Musée national des beaux-arts du Québec no Canadá, que exemplifica essas respostas diferentes para um mesmo tema, com diferentes estratégias de apresentação, sendo a análise destas o nosso foco nessa postagem.

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A proposta trata da adição de três novas galerias ao museu existente implantadas em uma área de um parque urbano onde se localizam o prédio do museu e uma catedral. O projeto vencedor é de autoria do escritório holandês OMA comandado pelo arquiteto Rem Koolhaas, uma das figuras mais importantes da arquitetura contemporânea, valendo a pena ver mais de seu trabalho no site do OMA (www.oma.eu).

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A seguir faremos uma breve análise das apresentações dos cinco finalistas:

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1) OMA e Provencher Roy (Canadá)








Koolhaas apresenta logo de cara uma diagramação incomum, a primeira vista vários quadros, lembrando uma história em quadrinhos, dispostos preenchendo toda a primeira prancha onde se explica o projeto. Nota-se então outro aspecto incomum a uma prancha de concurso: a ausência de sequer um parágrafo de texto. Constata-se com a leitura dos painéis que este caráter dos quadrinhos aliado aos desenhos diagramáticos – recorrentes nas estratégias de projeto desse escritório – são suficientes para o entendimento da proposta.

Cada quadro, que contém uma informação ou desenho específico, recebe um título no canto superior esquerdo e recebem tamanhos diferentes de acordo com a importância de seu conteúdo ou a complexidade ou escala de seu desenho. De acordo com como os quadros com informações correspondentes são dispostos - na horizontal, vertical, ou formando uma grande faixa - é manipulada a forma de leitura dos desenhos. Essa divisão das informações, cada uma com seu título, define uma estrutura de leitura linear da primeira à última prancha.

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Na primeira prancha são dispostas informações sobre o local do projeto e as estratégias de projeto relacionadas com esse dado, a manipulação do programa de necessidades gerando uma forma básica para o projeto, mostrando estudos de massa e uma primeira perspectiva – note que não é dada importância demasiada às perspectivas, recebendo estas tamanhos significativos mas nunca ocupando uma grande porção da prancha, como veremos nas demais propostas.

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Depois são mostradas plantas dos pavimentos com manchas de cores definindo setores, sendo importante ressaltar a pertinência no uso das cores: cada setor do programa recebe uma cor logo no início da apresentação, sendo que setores com funções próximas recebem cores análogas (variando do vermelho ao amarelo), e essas mesmas cores permeiam os outros diagramas e são incorporadas também nas perspectivas, dando certa unidade a uma prancha saturada de desenhos.

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Continua então a explicação do projeto na primeira prancha, deixando para a próxima as plantas de cobertura, implantação e pequenas perspectivas, que definem um grupo no topo da prancha, e os cortes que, juntamente com duas perspectivas, definem outro grupo de imagens.

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É notada a distinção feita entre as perspectivas e diagramas e os desenhos técnicos pelo uso de cores nos primeiros e pela permanência do uso de linhas pretas e manchas cinzas nos últimos.

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Na terceira das quatro pranchas são dispostos desenhos já mais específicos formando uma tira fina e vertical na esquerda e as plantas dos três principais pavimentos formando uma tira mais grossa na direita. Agora que já foram mostrados os principais desenhos e jê tem-se noção do projeto como um todo, são colocados na última prancha as fachadas e diagramas relativos à sustentabilidade e por último as plantas dos subsolos.

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2) Barkow Leibinger (Alemanha) e Imrey Culbert (EUA/ França)




Apresentação tradicional marcada por um padrão de pranchas com dois quadros divididos por um texto que define um tema para cada prancha (inovação formal, dialética urbana, percurso, sustentabilidade) determinando quais desenhos serão apresentados em cada uma delas.

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Segue uma disposição tradicional dos elementos nas pranchas, com leitura da esquerda para a direita, de cima para baixo, sempre do mais geral para o mais específico. Na primeira prancha, que trata da concepção volumétrica do projeto, é colocada no topo uma grande perspectiva que nos dá a idéia do projeto, para depois serem mostrados os diagramas de como se chegou nessa forma, o texto de introdução, perspectivas internas e uma aérea, varrendo então os aspectos da imagem do projeto.

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Na próxima prancha, que trata das relações urbanas estabelecidas pela proposta, é colocada em destaque uma perspectiva dos fundos do museu a partir do parque onde se insere, a planta de implantação e uma fachada de toda a rua, além de uma perspectiva explodida e desenhos já tratando das relações do programa dentro do edifício.

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Quando se propõe falar sobre o percurso dentro do museu, mostra-se uma grande perspectiva interna acima e as plantas dos pavimentos de galerias e um corte abaixo, e na última prancha é quebrada a seqüência de imagens no topo das pranchas, sofrendo esta uma divisão quase ao meio, mantendo a cima e a esquerda as explicações relativas ao tema estabelecido para esta prancha e, dividido pelo título da prancha, mas alinhado a estes textos, a planta do subsolo, ficando assim na metade direita da prancha um corte perspectivado acima e as fachadas abaixo da linha de divisão.

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3) Nieto Sobejano (Espanha) e Brière Gilbert (Canadá)




Apresentação de pouco apelo à imagem do projeto, se detendo à explicação da proposta por meio de diagramas e longo texto em metade da primeira prancha, mostrando em seguida implantação e fotos de maquete, e somente revelando a única perspectiva externa com pequena dimensão no início da segunda prancha, que contém também as plantas dos pavimentos e uma fachada.

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Na terceira prancha são apresentadas duas perspectivas internas e outros desenhos técnicos dando impressão de certa aleatoriedade quando ora espaços vazios deixados pelos desenhos maiores são preenchidos por desenhos menores misturando-os, ou então deixados vazios mesmo, como acontece à esquerda das perspectivas. O tratamento limpo dos desenhos com linhas finas e cinzas juntamente com essa disposição confusa passa uma imagem de desorganização da prancha.

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Por fim, na ultima prancha é colocado uma faixa de texto referente a aspectos de sustentabilidade e de construção que começa espremida por duas fachadas e depois se alarga misturando-se com um corte e uma fachada, fazendo com que não fique clara a hierarquia ou ordem entre os desenhos.

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4) Allied Works (EUA) e Fichten Soiferman (Canadá)




Proposta, assim coma a dos escritórios Barkow Leibinger e Imrey Culbert, com um elemento que recorre em todas as pranchas: ao topo uma faixa cinza mais grossa e abaixo uma mais fina, que recebe o nome dos escritórios envolvidos e , juntamente com a numeração das pranchas, pequenos títulos com o conteúdo de cada prancha.

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Na primeira prancha é apresentado o projeto com perspectivas e croquis de concepção, todos enquadrados de maneira clara. É mantido sempre um pequeno texto na faixa cinza do topo, que também recebe desenhos, e o corpo das pranchas são preenchidos sempre agrupando desenhos correspondentes e os enquadrando, separados por uma fina linha branca.

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5) Groupe Arcop (Canadá) e David Chipperfield (Inglaterra)





A última seqüência de pranchas compõe uma apresentação elegante do inglês David Chipperfield, utilizando o fundo branco e desenhos em preto e cinza como a ---- do nieto-- mas apresentando primeiro um texto com pequeno croqui e grandes imagens, depois desenhos técnicos com paredes e elementos cortados preenchidos de preto (o que lhes dá presença marcante) quase sempre dispostos de maneira simétrica na prancha (um grande elemento centralizado, com dois menores acima e abaixo), mostrando na última prancha os aspectos mais específicos como o quadro de áreas.

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As pranchas e desenhos de todas propostas podem ser encontrados no site Catalogue des Concours Canadiens

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Vale a pena também visitar o site da empresa Luxigon, que fez as perspectivas para o projeto do OMA: luxigon.com.

Eles fazem imagens e vídeos para vários concursos e projetos do OMA, REX, Mecanoo, MVRDV, Snohetta, e muitos outros super escritórios.

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até mais,

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maurício

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Arquitetura de Madri invade o Espaço Cultural Casa do Baile

A casa do Baile recebe a partir deste sábado a produção arquitetônica da cidade de Madri, Espanha.
A exposição Madri 100% arquitetura reúne em Belo Horizonte obras de arquitetos de Madri desde o ano de 2000.
A amostra tem entrada gratuita e pode ser visitada até o dia 20 de junho, de terça a domingo, das 9h às 19h.
A exposição é promovida pelo instituto Cervantes, com apoio da Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultura e da casa do Baile.



A exposição é composta de 60 projetos representativos de sete áreas temáticas, organizadas por afinidade de função: Cívica, Cultural, desportiva, educativa, institucional, de infraestrutura e de urbanismo. A seleção destes projetos priorizou os temas por relevância na composição do espaço urbano.

A casa do Baile esta localizada na Avenida Otacílio Negrão de Lima, 751, Pampulha.
Para maiores informações: Casa do Baile (31) 3277-7443

sábado, 3 de outubro de 2009

Museu Exploratório de Ciências da UNICAMP



Em Agosto de deste ano foi publicado o resultado do concurso internacional para o Museu Exploratório de Ciências da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), sendo o projeto vencedor dos arquitetos Daniel Corsi, Dani Hirano e Reinaldo S. Nishimura, com escritório em São Paulo (CHN Arquitetos).

O concurso foi composto de duas fases, sendo feita a decodificação da identidade dos autores após a primeira fase e, após entregues os trabalhos para a segunda etapa, aconteceu a defesa pública dos projetos pelos autores diante da comissão julgadora.

O edital do concurso exigiu a apresentação dos projetos na segunda fase na forma de 5 pranchas no formato A0, na posição horizontal, deixando livre a escolha dos desenhos (plantas, cortes, mapas, etc.), escalas e métodos de representação gráfica.



Foi exigido que a primeira prancha deveria conter um texto explicativo sintetizando os 
elementos essenciais do projeto. Na proposta vencedora este texto foi colocado em duas colunas corridas delimitadas por um fundo escuro juntamente com desenhos esquematicos que complementaram o texto tratando dos tópicos abordados nesse, como a definição do partido, as circulações/ acessos, setorização, etc.

Nesta mesma prancha foram posicionados uma perspectiva, a planta de implantação, quadros de área e foto da maquete física com critérios de alinhamento mas sem grande rigidez na disposição, onde o único eixo rígido é a fita branca onde são colocados os diagramas. Sendo assim, esta primeira apresentação não contém nenhum elemento que detenha a atenção do observador, mantendo a leitura contínua do painel: de cima para baixo, da esquerda para a direita.


(clique nas imagens para amplá-las)

Continuando com a leitura do projeto, na segunda prancha são apresentados as plantas de todos os pavimentos alinhadas verticalmente com um corte longitudinal, o que facilita o entendimento do projeto. A direita e abaixo foi disposto um esquema de decomposição/montagem da estrutura, mantendo a linha explicativa destas primeiras pranchas.

Já se nota o tratamento uniforme dos painéis e dos desenhos mantendo uma variação de cinzas usada para dar sençação de profundidade aos desenhos e distinção de áreas cortadas, próximas e longe do observador posicionado na linha de corte. 

Não foi utilizada escala gráfica, mas as plantas possuem as cotas dos eixos de estrutura e de nível e outras onde os autores acharam necessário de forma a explicitar alguns dimensionamentos importantes como espaços de circulação.



A implantação, no primeiro painel, foi apresentada na escala 1/750 e plantas e cortes na segunda prancha na escala 1/200, ocupando grande parte do formato A0.

Na terceira prancha é colocada uma sucessão de cortes transversais percorrendo os espaços mais importantes ao longo da edificação proposta e, ocupando pouco mais da metade do painel, uma perspectiva noturna e uma grande imagem interna.



Quando se presume que o leitor já tenha compreendido as disposições gerais do projeto por meio do texto e das plantas e cortes são apresentadas na quarta prancha perspectivas de ângulos variados abordando aspectos mais específicos do projeto, como iluminação, composição dos acessos e visualização de detalhes dos elementos da fachada e da estrutura, divididos por uma faixa branca contendo esquemas com análises e soluções relativas ao conforto ambiental no edifício.

A descrição das imagens é feita de maneira sutil sempre ao canto em fonte contrastante em relação ao fundo das imagens.


Já no último painel são mostrados detalhes importantes do projeto: à esquerda detalhe de montagem e composição da estrutura e fechamento em uma perspectiva isométrica com especificação dos componentes e à direita a metodologia/conceito utilizado para definição das diversas composições dos painéis de fechamento das fachadas. Abaixo deste detalhe foram dispostos os desenhos das quatro fachadas principais do edifício.

Por último são mostradas duas imagens que ilustram os itens explicados nos detalhes internamente e extenamente, encerrando a apresentação da proposta.


Veja aqui esta e outras propostas apresentadas no concurso.
fonte das imagens: concursosdeprojeto.org

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Concurso Liceu Francês de Brasília

Esta é a proposta vencedora de concurso para sede do liceu Francês de Brasília, autoria dos escritórios José Tabith e Jean Dubus.

As pranchas podem ser vistas no album do blog.

Mais informações sobre esta e as outras propostas no portal Concursos de projeto, uma boa fonte de notícias e imagens. segue o link: concursosdeprojeto.org

Notem que ao pé da postagem são mostrados marcadores referentes aos temas de cada post. estes serão agrupados na barra lateral para facilitar futuras pesquisas.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

1o. link


Esses painéis foram utilizados na apresentação e defesa do TFG da então aluna Loriane Stolz Cisz Portes, na Universidade Positivo de Curitiba-PR.

As 10 pranchas estão disponíveis no "link"abaixo.

Servirá como um "post" experimental.
Vejam, arquivem ou comentem...


http://picasaweb.google.com.br/fumecnet206/CentroCriatividade#

Bem vindo! Welcome, Bienvenido, 歓迎, Benvenuto,Bienvenue, Willkommen

Olá amigos! Este "post" inaugura um espaço para trocas de experiências e dicas que enriqueçam a prática acadêmica no campo da Arquitetura e do Urbanismo e das Artes Gráficas. A ênfase será dada às questões vinculadas às várias maneiras de apresentação do projeto arquitetônico, sem deixar de lado outros conteúdos que tangenciem o assunto principal. É importante utilizá-lo com liberdade, responsabilidade e respeito às opiniões que em breve serão expostas aqui.
Contribuam!